Há modelos com hidromassagem e aquecimento de água e esses pedem instalação elétrica por perto. Conheça esse e outros detalhes sobre instalação dos ofurôs
Poucas coisas relaxam tanto quanto um bom banho. Os orientais já sabiam disso quando, por volta do século 9, criaram o ofurô, tina de madeira de 70 a 110 cm de profundidade para banhos de imersão a até 40 °C. Adepta da prática, a arquiteta Alice Martins, de São Paulo, colocou um em seu banheiro, diante da janela voltada para o jardim. “Como os modelos são feitos sob medida, pude escolher um de formato retangular. Embora pouco convencional, esse era o desenho mais adequado ao ambiente”, detalha. O ponto de instalação deve ser bem avaliado. Varandas de apartamentos, por exemplo, nem sempre suportam a carga de uma peça cheia. Nesse caso, é essencial checar essa informação com a construtora, já que a tina cheia, para uma pessoa, pode pesar 300 kg.
Do Lado de dentro. No projeto da arquiteta paulista Alice Martins, o ofurô retangular (110 x 70 x 70 cm) de freijó (Kan Tui) é utilizado apenas para imersão, sem sabonetes ou sais de banho. “Assim, a água pode ser reaproveitada”, revela a arquiteta. Para isso, a tubulação de escoamento está ligada a uma cisterna.
Fique de olho nos detalhes
As tinas de madeira precisam estar sempre cheias para que o material não se contraia depois de seco, crie espaços entre as tábuas e vaze nos próximos usos.
Há modelos feitos de geocoat (base acrílica revestida de fibrorresina), mais simples de manter. Com o tempo eles ficam opacos, mas basta polir para que o brilho volte.
Invista num equipamento com controle de temperatura. “Encontrar o ponto certo da água é a parte mais difícil. Sem o dispositivo, gasta-se mais tempo temperando a água do que aproveitando o ofurô”, diz marcos motta, do Kan Tui. Uma tina de madeira perde entre 0,5 e 1,5 °C de temperatura por hora, enquanto os modelos de geocoat perdem cerca de 3 °C.
Em ambientes internos, lembre-se de prever um ponto de escoamento próximo ao ofurô para dar vazão à água que transbordar e evitar empoçamentos.
Do lado de fora. Expostas ao tempo, as tinas tendem a sofrer mais os efeitos do trabalho da madeira – que se dilata e se contrai com as variações de umidade e temperatura. “Por isso, a madeira da tina deve virtratada. Já o deck protege a máquina da hidromassagem e cria um canto de relaxamento”, conta a arquiteta Andréia Medice, autora deste projeto em São Bernardo do Campo, SP, com ofurô (1 x 1,60 m) da Central Espaço.
A água vai ser reutilizada?
Conte com um arquiteto para verificar se o local escolhido comporta o ofurô e se as instalações hidráulicas são adequadas. Ele também pode opinar sobre formatos e tamanhos, já que a variedade muitas vezes dificulta a escolha. Mas, basicamente, os modelos redondos ocupam mais espaço que os retangulares. Sempre é possível reusar a água, como fez a arquiteta Alice Martins, mas para quem cogita um ofurô coletivo a melhor pedida para evitar o desperdício é a filtragem por ozônio, item opcional. “A água passa por dentro do aparelho e volta purificada”, observa Rodrigo Borges, diretor da Riolax. Quanto à manutenção, as peças de geocoat são limpas com água e sabão neutro. Já as de madeira pedem escova macia, detergente e um bactericida leve (como o Lysoform). Por fim, uma ideia de custo: um modelo individual de madeira (100 x 70 x 75 cm) com controle de temperatura custa cerca de R$ 1 900. Já um de geocoat vale R$ 2 700. Algumas empresas atendem o Brasil todo, com entrega e instalação.
Um ponto de entrada de água e um de saída para o esgoto (ou para a cisterna, nos casos de reaproveitamento da água) são necessários ao funcionamento do ofurô. os modelos com controle de temperatura ou hidromassagem pedem também uma fonte de energia elétrica.
Fonte: www.casa.com.br
Reportagem Edson G. Medeiros (visual) e Lara Muniz (texto) | Ilustração Campoy Estúdio | Fotos André Fortes
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